Por Rui Zilnet
A Casa do Índio do Rio de Janeiro está localizada em uma rua tranquila no bairro da Ribeira, na Ilha do Governador. |
Na tarde da última sexta-feira (15), em visita à Casa do
Índio, na Ilha do Governador, mais uma vez comprovei a competência e dedicação
da dona Eunice Cariry, uma sertanista aposentada, de 78 anos, que mesmo depois
do abandono da unidade pela Funai, continua desempenhando o seu papel de
gestora da casa, que é de fundamental importância aos índios portadores de
moléstias congênitas e crônicas, provenientes de aldeias de todo país, que
necessitam de tratamento especializado no Rio de Janeiro.
Há cerca de 10 dias na casa, criança indígena de 3 anos, portadora de microcefalia, da etnia Awra, vinda do Xingu. |
O que se percebe claramente, durante a permanência na casa,
é de que além do acolhimento, os internos recebem toda atenção e
afeto necessários à recuperação ou minimização do sofrimento provocado pelo
estado patológico de cada um. A dedicação de dona Cariry aos índios acolhidos é
a mesma de uma mãe zelosa aos seus filhos, sempre atenta aos mínimos detalhes
para que todos recebam tratamento adequado.
As condições de organização e higiene da Casa do Índio, uma
construção urbana que reproduz as condições de uma oca indígena, é admirável.
Os funcionários, de uma dedicação incomparável. Os índios ali residentes,
sempre limpos, tranqüilos e bem cuidados – Felizes!
Mesmo depois de abandonada pela Funai, a Casa do Índio
(Oca-RJ) continua sobrevivendo, graças à garra de dona Cariry e ao reconhecimento
da comunidade da Ilha do Governador, pelo trabalho sério desenvolvido por ela
desde a fundação da Casa, em 1968.
.
Essa senhora é um exemplo de solidariedade, engajamento e abnegação, uma história que merece um bom roteiro!
ResponderExcluirAbraços pela sua devoção aos menos assistidos, Zilnet!
Minha Nossa Senhora, esta mulher merece a medalha do Pacificador e todas as honrarias neste país.
ResponderExcluir