sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Retrospectiva

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No ano de 2007, tive a oportunidade de participar de muitas discussões sobre as questões sociais que tanto afligem os excluídos do processo de globalização. Fóruns, seminários, debates, palestras, enfim... Os aspectos positivos? Não sei.

Mas, o que ficou muito claro, em relação àqueles que militam nos mais diversos segmentos do movimento social, é que a luta deixa cada vez mais de ser de classe para ser unicamente de defesa de interesses individuais ou de pequenos grupos políticos e empresariais, o que, logicamente, não é novidade alguma.

As lições positivas que eu poderia ter aprendido, em eventos como as Conferências das Cidades, fóruns de Planos Diretores, seminários de defesa de Direitos Humanos, entre outros, mais uma vez, ficaram por acontecer. Contudo, fica confirmado que, a participação dos representantes das classes “excluídas” a esses acontecimentos é muito importante, caso contrário, quem serviria de massa-de-manobra para satisfação dos interesses da “sociedade civil organizada”? Esses representantes, sob a justificativa do “ter que participar”, continuam servindo ingenuamente para engrossar público em auditórios e endossar instrumentos com propostas que visam tão somente o favorecimento da elite que promove tais eventos.

Mas, nem tudo foi perdido, pois, foi justamente junto aos literalmente “excluídos”, os sem-teto, que consegui perceber a existência de alguns poucos “loucos”, que não desistem de continuar buscando novas formas de consciência social, para que possamos, dessa maneira, acabar de uma vez por todas com a criminalização da pobreza e alcançar a verdadeira liberdade.

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