domingo, 14 de fevereiro de 2010

Comuna Que Pariu

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Nesta terça-feira de carnaval, l6, a partir das 15 horas, na Rua Álvaro Alvim, na Cinelândia, concentração do sugestivo bloco “Comuna que Pariu” e roda de samba apoteótica, com a presença de bambas. Integrantes de uma das forças políticas que participam da campanha do Sindipetro pela soberania do petróleo, a Juventude do PC do B elegeu como enredo “O Petróleo Tem Que Ser Nosso”. Independente de cor partidária, os organizadores convidam a todos que abraçam esta luta.

Para quem não conhece Rio de Janeiro, a Cinelândia está localizada no coração da cidade. Ao longo de muitas décadas é o local preferido pelos batutas do samba. Nas mesas dos seus muitos bares, alguns centenários, nascem grandes composições. É nosso dever prestigiar o que ainda nos resta de bom.

O Petróleo é Nosso!

O Samba é Nosso!

Salve o Carnaval e os foliões!
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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Passagens mais caras

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 No último fim de semana, as passagens de ônibus tiveram seus preços majorados no município do Rio de Janeiro. Santa Tereza, Bairro de Fátima e Catumbi, localizados no Centro do Rio, são as linhas mais caras. Além de serem curtíssimas, são servidas por micro-ônibus, sem cobrador mas as tarifas são iguais às linhas com percursos maiores que 50 quilômetros.

Um morador de Santa Tereza, que demora cerca de 10 minutos para chegar do centro ao bairro ou vice-versa, paga os mesmos R$ 2,35 de quem leva cerca de duas horas ou mais para chegar a Bangu, Realengo, Santa Cruz e outros bairros com linhas de longo percurso. Desta maneira, os passageiros das linhas de pequeno percurso, acabam subsidiando os preços das passagens das linhas de longo percurso.

Já não seria hora de alguém tomar alguma providência em relação a este disparate?
Cadê os senhores vereadores? Eles não foram eleitos pela população para oferecer soluções aos problemas?
Não caberia a eles uma providência imediata contra este abuso? É absurdo o lucro alcançado pelos empresários do transporte coletivo, sobretudo quando se trata de linhas que atendem em grande parte a população operária pobre, de baixa renda. As associações de moradores também deveriam se manifestar.
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Espírito de Porco

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Parece brincadeira, mas não é.

Só pode ser coisa de espírito de porco.

No último domingo, à noite, ao passar sob os Arcos da Lapa, no centro do Rio, aproveitei para aliviar a bexiga num daqueles sanitários químicos que a prefeitura disponibilizou no local.

Na primeira cabine que tentei entrar, quase vomitei. Pois, um infeliz cagou sobre a tampa do vaso sanitário. Isso mesmo cagou. Estava lá aquele monte de merda na tampa do assento. Não serei hipócrita, descrevendo de outra forma. Não direi, com falsos pudores, “fez coco”.

Um sujeito que faz uma merda destas não merece viver no meio de gente, nem de animais. Até porque, os animais são muito cuidadosos na hora de fazer suas necessidades fisiológicas.

Também não vou xingar o cara de filho-da-puta, porque as putas não têm culpa de tamanha cagada.

É um infeliz mesmo. Recalcado.

Espírito de Porco!
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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Acusações levianas

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Há sempre aquele dia em que melhor seria não sair de casa. Para mim, este dia foi na última sexta-feira. Veja só, por volta das 10 horas da manhã, quando me dirigia ao ponto do bonde, no Largo dos Guimarães, sob um sol intenso, eu procurava caminhar por onde houvesse alguma proteção de sombra. Na altura da última curva, antes do largo, atravessei a rua em busca de sombra. Imediatamente após ter passado para a calçada do lado oposto, um veículo parou ao meu lado e o motorista me interpelou, querendo saber se eu trabalhava ali. Eu, ingênua e cordialmente, atendi ao sujeito, lhe respondendo que não trabalhava naquele local, mas era morador do bairro. Foi aí que veio a bomba. Fui advertido severamente pelo indivíduo, de que era proibido jogar lixo naquele local. Sinceramente, como a coisa foi de supetão, não entendi nada. E o carro saiu sem me dar tempo de reagir e defender-me, dando-lhe uma boa resposta.

Meus  amigos, até agora não consegui digerir tal acusação. Eu havia acabado de atravessar a rua e o tal carro surgiu como se do nada. Mas a história não pára por aqui. Continuei meu trajeto. Embarquei no bonde e fui em busca do meu destino, o hospital do Fundão. Por lá permaneci uma grande parte da sexta-feira, pois, tinha uma consulta agendada. Depois do atendimento médico, no vai-e-vem das marcações e buscas por resultados de exames, quando voltava do laboratório de patologia, no sub-solo do Hospital Universitário Clementino Fraga, no Fundão, ao embarcar no elevador, pedi ao ascensorista para que me deixasse no primeiro andar. O sujeito me respondeu, atravessado, que não pararia no primeiro andar. Questionei e expus a minha condição, ao que o elemento reconsiderou, mas dizendo que me quebraria o galho. Disse isso mesmo: “desta vez vou te quebrar o galho”. Mais uma vêz fui tomado pela indignação. Eu e ou qualquer outra pessoa que não vai a um hospital ou qualquer órgão público que seja, atrás de quebra-galho. O cidadão vai em busca de um atendimento digno. O elevador, em qualquer prédio, seja público ou privado, existe para transportar as pessoas, independentemente do andar a qual se dirige.

Mas continuei minha rotina normal dos compromissos no hospital. Depois de concluído tudo o que tinha a fazer, aquela situação do elevador continuava atravessada na garganta. Voltei ao sub-solo e fui ao posto de chefia do serviço de elevadores, onde uma senhora muito educada e gentil, ouviu minha queixa, prometeu providências e me colocou num elevador de volta ao primeiro andar.

Outro dia, também, passei por situação constrangedora, num ônibus que faz a linha Santa Tereza/Central do Brasil, quando ao desembarcar, uma maluca cuspiu pela janela do coletivo,  olhou para a minha cara e lascou: “Tá me encarando por quê? Vou chamar a polícia. Isto é assédio.” A coisa aconteceu tão rápido, que não tive tempo de pensar para esboçar qualquer reação, o que, até, acho, foi melhor. Numa situação destas, o melhor mesmo é engolir seco.

Mas, acredite, a mulher era um canhão. Qualquer pessoa de bom senso, jamais perderia seu tempo em olhar para uma coisa daquelas. Acho até que por este fato, da feiúra tão acentuada,  a intenção dela só poderia mesmo ser de chamar a atenção ou, talvez, me achacar. Depois, conversando com algumas pessoas do bairro sobre o ocorrido, fiquei sabendo que não fui a primeira vítima desta maluca.

Mas, acreditem, estas coisas não me fazem gostar menos da cidade onde vivo, tampouco do bairro onde moro. Nem tudo é perfeito, mas o Rio de Janeiro continua sendo a Cidade Maravilhosa. A melhor cidade do mundo. Estas pessoas, se assim devemos considerar, passam por aqui, a cidade continua. E, tenho certeza, um dia será melhor.
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