sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Maconha

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“O maior risco para o usuário de maconha é julgar que não está correndo perigo”


Maconha é o nome atribuído à planta Cannabis Sativa no Brasil. Seu princípio ativo é o delta-9-Tetrahidrocanabionol (THC), presente no óleo que recobre os brotos das plantas fêmeas. Se desenvolve em climas tropicais e temperados, sendo cultivada ao ar livre ou em estufas em várias partes do mundo. Normalmente as folhas e flores são fumadas ou ingeridas. Desde a antiguidade foi utilizada como remédio, porém, atualmente causa controvérsias na medicina.

A maconha cultivada atualmente difere muito da erva cultivada no passado, aumentando radicalmente seus efeitos nocivos. Com o propósito de potencializar seus efeitos, o homem vem fazendo uma seleção natural da Cannabis Sativa. As variedades naturais de hoje são pelo menos 5 vezes mais potentes que a maconha de 1970 (ElSohly, M.A., and Ross, S.A. Quartely report: Potency monitoring project. Novembro 2002).

No último século, processos como a clonagem e a alteração genética vem sendo usados, criando variedade de maconha com altas taxas de reprodução, desenvolvimento acelerado e quantidades de canabinóides muito maiores do que as encontradas na natureza. No Brasil se atribui o nome genérico de Skunk a estas plantas modificadas.

A maconha pertence à classe das drogas perturbadoras. É uma droga capaz de alterar a percepção do usuário e conseqüentemente o seu julgamento.

Principais efeitos no ser humano:

Os efeitos da maconha diferem de indivíduo para indivíduo, mas, em geral, o uso acarreta alterações do pensamento, memória, atenção e humor, perda da noção de tempo e espaço e ilusões visuais e auditivas (distorções na percepção de objetos reais).

O pensamento fica lento e a associação de idéias menos coerente, tendendo a mudanças de assunto ou a incapacidade de articular pensamento com a mesma facilidade habitual. O humor pode variar de um estado eufórico, marcado por risos sem motivos, fala solta e sensação de bem-estar, a sintomas de mal-estar psíquico, como tristeza, sensação de pânico e perda do controle (medo de enlouquecer). Há um aumento exagerado do apetite, voltado principalmente para o consumo de carboidratos (“larica”).

Motivos para não usar:

- O uso freqüente pode causar baixa no sistema imunológico;
- O alcatrão liberado na queima da maconha é altamente cancerígeno;
- O usuário habitual apresenta alterações na parede da traquéia e nos brônquios, além de sofrer de bronquite crônica com maior freqüência que os fumantes de cigarros;
- O uso em grandes quantidades e por longos períodos pode deixar o indivíduo menos concentrado, sem objetividade e dosmotivado (síndrome amotivacional);
- Diminui a memória de curto prazo, fenômeno que ocorre durante o consumo em usuários ocasionais, tornando-se constante em usuários crônicos;
- Acontece aumento da ansiedade e tensão com possíveis sintomas físicos (taquicardia, sudorese e tremores);
- Pode ocorrer ataques de pânico em usuários sensíveis ou em altas doses.
- Causa dor de cabeça, tontura e confusão mental;
- Ocorre maior freqüência de paranóia;
- Aumenta o risco de acidentes pela perda da coordenação motora;
- As drogas perturbadoras podem precipitar transtornos mentais em pessoas com pré-disposição. A maconha é particularmente perigosa para esquizofrênicos, dificultando o tratamento e diminuindo sensivelmente a qualidade de vida do indivíduo;
- Estudos recentes demonstram que a Cannabis pode reduzir a testosterona em até 50-60%. Situações de infertilidade, impotência, problemas menstruais, diminuição da libido e da satisfação sexual são encontrados em usuários crônicos da maconha;

“O consumidor de drogas ilícitas contribui consideravelmente para a produção da violência gerada pelo tráfico, que fatalmente pode atingir qualquer um de nós”.


Fonte: Prevenção à dependência química da Prefeitura do Rio de Janeiro.

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