Rui Zilnet
A partir de hoje passo a descrever alguns aspectos de uma viagem iniciada ao Rio Grande do Sul, percorrendo várias cidades do interior gaúcho. A ordem dos relatos é aleatória, não condizendo necessariamente com o cronograma da excursão. Este primeiro capítulo é dedicado à cidade litorânea de São José do Norte.
Cenário de São José do Norte para quem chega de lancha, destacando-se ao fundo as torres da centenária Igreja Matriz |
São José do Norte é uma pequena, porém, acolhedora cidade localizada no extremo sul de uma península que separa a Lagoa dos Patos do Oceano Atlântico, distante cerca de 372 quilômetros da capital gaúcha e vizinha da cidade de Rio Grande, separada desta por um canal que liga a Lagoa dos Patos ao Oceano Atlântico.
O pescado é fruto de uma das principais atividades da economia local |
Implantada em posição litorânea privilegiada, a cidade possui muitos casarões antigos, prevalecendo a arquitetura Colonial Portuguesa. O turismo ecológico, a agricultura (cebola, arroz e florestas de pinus) e a pesca constituem os pilares da economia local. Seus habitantes são alegres e receptivos. A base da gastronomia é de frutos do mar. Para quem prefere aventuras e esportes, a Praia do Mar Grosso está à espera.
Lanchas de passageiros e balsas ligam de Sao José do Norte a Rio Grande |
A ligação entre a sede do município e o continente, por terra, se dá pela BR-101 (antiga “Estrada do Inferno”). Para quem chega de Rio Grande, o acesso ocorre através de lanchas e balsas pelo canal Miguel da Cunha, que liga a Lagoa dos Patos ao Oceano Atlântico. As lanchas transportam aproximadamente cerca de 200 passageiros e as balsas dezenas de veículos, inclusive carretas de grande porte e tonelagem.
A atividade pesqueira é componente natural do cenário do lugar |
Na travessia do canal Miguel da Cunha, são consumidos 30 minutos com um cenário marítimo inesquecível, tanto da paisagem do lado de Rio Grande, com a imponência do seu porto e casario colonial, como a chegada em São José do Norte, onde se destacam à distância as centenárias torres da Igreja Matriz, inaugurada em l860, cujo santo padroeiro é São José, e a grande quantidade de embarcações pesqueiras que completam o cartão postal.
Texto e fotos de Rui Zilnet. A reprodução é permitida para fins não comerciais, desde que seja citada a fonte e respeitados os créditos.
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