Rui Zilnet
Foto: Rui Zilnet |
Depois do trágico acidente envolvendo um bonde, ocorrido no último sábado em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral determinou à Secretaria Estadual de Transportes a modernização do sistema do tradicional meio de transporte do bairro. Foi necessária a morte de cinco pessoas, deixando mais de 50 gravemente feridas, para Cabral e seu secretário de transportes tomarem uma atitude.
A tragédia, que vinha sendo anunciada há muito tempo, através de denúncias e atos de protestos contra a situação precária que se encontram os bondes, poderia ter sido evitada pelo governo do Estado. Mas, como sempre, antes é necessário acontecer uma catástrofe, ceifando a vida de pessoas inocentes e desavisadas, para que as iniciativas sejam tomadas.
O bonde de Santa Teresa, além de se destacar como símbolo turístico do Rio de Janeiro, em igualdade de importância ao Bondinho do Pão de Açúcar e ao Trem do Corcovado, também é um importante meio de transporte de baixo custo para os moradores do bairro.
O sistema de bondes em Santa Teresa foi implantado em 1877, puxados por parelhas de mulas, ligando a Rua do Riachuelo (na Lapa) ao Largo dos Guimarães. No dia 1 de setembro de 1896 entraram em circulação os bondes elétricos, entre o Largo da Carioca, no Centro do Rio - passando sobre o antigo aqueduto no Largo da Lapa -, até o Largo do França, em Santa Teresa. A partir daí as linhas foram expandidas, chegando ao Silvestre e Paula Mattos em 1897.
Agora, segundo anúncio feito pelo governador, na noite deste domingo (28), o serviço dos bondes de Santa Teresa está interrompido por tempo indeterminado. Em vistoria realizada no local do acidente, o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro (Crea-RJ) detectou problemas no sistema de freios do veículo, que podem ter ocasionado o descarrilamento.
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