quarta-feira, 8 de junho de 2011

Polícia paraense está no encalço de assassinos de ambientalistas



A Polícia Civil paraense divulgou o nome do principal suspeito pelo assassinato do casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, ocorrido em 24 de maio. O fazendeiro José Rodrigues teve prisão preventiva solicitada à Justiça da Comarca de Nova Ipixuna.  Segundo a polícia, foi ele quem encomendou o crime aos pistoleiros. A recompensa pelas mortes: 5 mil reais.

Os retratos falados de dois assassinos já foram divulgados pela Polícia Civil com base em testemunhas que viram dois homens seguindo para o assentamento às 5h30 e retornando algumas horas depois.  Nenhuma prisão foi efetuada até o momento. É provável que os dois criminosos tenham deixado a região pelo Rio Tocantins.

A investigação aponta que Rodrigues tinha conflitos com o casal por conta de disputas agrárias. O fazendeiro comprou lotes de terras para expansão de sua criação de gado, mas a área era destinada a assentados. José Cláudio teria dito que a região não poderia ser vendida e que, se assim fosse, ele mesmo impediria a venda. Segundo a Polícia, o líder ordenou que demais assentados permanecessem no local.

Acompanhado pela polícia de Nova Ipixuna, Rodrigues foi até o assentamento expulsar agricultores dos lotes. Ao tomar conhecimento do fato, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou que as terras pertenciam aos assentados. Segundo testemunha, irritado por ter perdido as terras, o fazendeiro disse que José Cláudio e Maria pagariam caro por isso.

O casal não aceitava que assentados permitissem a exploração ilegal de madeira – postura que dividia as famílias do assentamento.

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