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Passados 25 anos do fim da ditadura militar, articula-se a formação de um partido político militar no Brasil. A iniciativa é de Andréa França Coelho Rosa, mulher de um capitão, suplente de deputado federal pelo PV paulista.
O principal argumento para criação deste partido: “A descrença dos brasileiros nos partidos políticos é uma realidade. Quase todo dia a imprensa veicula notícias de corrupção e dos mais diversos desvios de conduta praticados por integrantes de quase todos os partidos políticos existentes. São casos de mensalões, máfias etc. Enquanto isto, seus compromissos com a segurança pública, saúde e educação, entre outros setores fundamentais para a vida em sociedade, não passam de retóricas vazias. Por isso, é preciso criar um partido que verdadeiramente se comprometa com os ideais de ética e honestidade que permeiam entre os militares do Brasil. Um partido que garanta aos candidatos militares as oportunidades necessárias para a divulgação dos seus projetos.”
Eles ignoram que esta imprensa, que hoje veicula as notícias de corrupção, é a mesma que bajulava os militares e outros governos repressivos e opressores, omitindo-se para que seus interesses especulativos não fossem prejudicados. Como se naquela época não houvesse corrupção, que era de grande volume, e sob o manto protetor dos comandantes militares.
A imprensa nunca divulgou que ao apagar das luzes da ditadura militar no Brasil, havia pelo menos um oficial general acomodado nos quadros gestores de cada uma das principais empresas estrangeiras instaladas no país. Isso como forma de garantia de futuro. Não sei porque ninguém toca neste assunto. No período compreendido entre 1964 e 1985, foi gerado o maior embrião de todas as crises e vergonhas que o país passou até o fim do governo FHC, também extremamente opressor.
A prioridade do PMB, segundo eles, é a Segurança Pública. Para tanto, almejam alterações no Código Penal e no Código do Processo Penal, além da valorização dos agentes repressores. E, como sempre, para eles, somente as medidas do rigor repressivo e punitivo irão resolver os problemas da segurança. Tudo gira em torno de polícia, criminalização e repressão.
Para quem é da minha geração, uma das mais castigadas e prejudicadas pela ditadura militar no Brasil, que viveu sob censura os que seriam os melhores anos da sua juventude, será muito difícil aceitar qualquer menção à política militarista no país.
O site do PMB pode ser visto em: http://www.partidomilitarbrasileiro.com.br – Precisamos combatê-lo com firmeza e enterrar de vez os ideais do poderio militarista no Brasil.
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O nosso país é movido por duas vertentes: a Justiça ou os Militares.
ResponderExcluirEu não acredito na Justiça.