Na próxima terça-feira (10), o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chega ao Brasil, em visita oficial, com o objetivo de reafirmar as relações bilaterais, intensificadas no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Chávez é o primeiro chefe de Estado da América Latina a visitar o país depois da posse de Dilma Rousseff.
Além de uma reunião de trabalho, para analisar a evolução dos acordos firmados anteriormente e as pendências, visando intensificar as parcerias nas áreas de comércio e energia, Dilma e Chávez deverão assinar um comunicado conjunto, contendo um apelo para a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o apoio venezuelano ao pleito brasileiro, que é de ocupar um assento permanente no órgão em nome da América Latina.
Nas reuniões preliminares de assessores de Chávez com autoridades brasileiras houve sinalizações de apoio ao Brasil. O presidente da Venezuela será o terceiro chefe de Estado que indicará apoio à reforma do conselho, como defende o Brasil. Em março, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ser favorável à reforma e ao desejo brasileiro, mas evitou ser explícito neste apoio. No mês passado, foi a vez de o presidente da China, Hu Jintao, afirmar que é o momento de discutir mudanças.
No último dia 5, o presidente da Alemanha, Christian Wulff, afirmou que, assim como os brasileiros, os alemães também querem rever a estrutura atual do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Para ele, é fundamental buscar um acordo regional para obter avanços nestas negociações. Recentemente, Dilma disse que “não é capricho” querer a reforma.
A atual estrutura do conselho segue o modelo que existia no mundo depois da 2ª Guerra Mundial - ocupam vagas permanentes no órgão os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Inglaterra.
Os assentos provisórios são ocupados pelo Brasil, Japão, México, Líbano, Gabão, pela Turquia, Bósnia-Herzegovina, Nigéria, Áustria e Uganda. O período do mandato nos assentos rotativos é de dois anos.
As autoridades brasileiras defendem ampliar o número de cadeiras no conselho de 15 – cinco permanentes e dez provisórias – para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a titular.
Fonte: Agência Brasil
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