Ousadia para falar às mulheres jovens sobre prevenção às DST, aids e hepatites. Esse é o tom da campanha do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde para o carnaval de 2011, lançada na última sexta-feira (25), no Rio de Janeiro.
O foco da campanha é atingir mulheres de 15 a 24 anos, faixa etária em que a incidência da doença tem crescido nos últimos anos. A ideia é que elas possam incentivar o parceiro a usar a camisinha nas relações. A medida visa tê-las como aliadas da Saúde para sensibilizar a geração atual a se cuidar e fazer sexo protegido.
A campanha exalta a participação das jovens na negociação do uso do preservativo, demonstrando que o insumo pode ser um aliado na relação. Veiculadas nos meios de comunicação durante a maior festa popular brasileira, as peças serão voltadas principalmente às mulheres de baixa renda.
Três vídeos serão transmitidos pela internet e pela televisão antes, durante e depois do período da folia. Dois deles, que estão sendo divulgados até 8 de março, são protagonizados por um grupo de meninas que chamam a atenção para o uso da camisinha na relação sexual.
Na segunda fase, de 9 a 20 de março, será veiculado um vídeo que incentiva quem fez sexo desprotegido, com parceiro fixo ou casual, a fazer o teste de aids. As estimativas apontam que cerca de 630 mil pessoas no país vivem com o vírus HIV, sendo que 255 mil não sabem que têm a doença.
Conforme dados de 2010, divulgados pelo MS, os casos de aids entre mulheres de 13 a 19 anos superam o de homens. Para cada oito meninos infectados, existem dez meninas. Nas outras faixas etárias, o número de casos entre o sexo masculino é maior do que entre o sexo feminino.
Uma pesquisa de 2008, revelou que as garotas de 15 a 24 anos usam menos camisinha nas relações casuais ou fixas. De acordo com a pesquisa, na última relação sexual com parceiro casual, 76,8% dos rapazes responderam ter usado o preservativo, ante 49,7% das meninas. Em relacionamentos fixos, apenas 25,1% das garotas afirmaram usar a camisinha regularmente, enquanto o percentual é de 36,4% entre os meninos da mesma faixa etária.
Durante o carnaval, o Ministério da Saúde distribuirá 84 milhões de camisinhas – 26 milhões a mais que em 2010. Boa parte dos preservativos foi fabricada em Xapuri, no Acre. Segundo o ministro Alexandre Padilha, o material é cinco vezes mais resistente que as demais camisinhas.
Fonte : Ministério da Saúde
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