O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), os Sindicatos de Aeroviários e Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) assinaram, nesta sexta-feira (21), o acordo de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). As categorias garantiram 8,75% de aumento sobre os salários e demais itens econômicos e 10% de aumento sobre os pisos, com ganho real, respectivamente, de 2,52% e 3,70%.
A aprovação da proposta, negociada entre os sindicatos, aconteceu em assembleias realizadas em todo o país no último dia 20. O piso de operador de equipamentos, no valor de R$ 810, não foi aprovado pela categoria por ser muito baixo para a função. Sindicatos e empresas devem seguir a discussão sobre a criação de novos pisos em reuniões previstas ao longo do ano.
Segundo o Dieese, no primeiro semestre de 2010 houve um sensível crescimento no número de negociações com aumentos reais. Contudo, apenas um quarto desses reajustes tiveram aumentos reais superiores a 2%. Os trabalhadores aeronautas e aeroviários passam a fazer parte desse grupo, ao conquistar aumento real de 2,52%.
Outras categorias também conquistaram índices de aumento real, dentre elas comerciários, bancários e trabalhadores da construção civil. Os índices conquistados pelos trabalhadores da aviação, no entanto, foram superados apenas pelos petroleiros e metalúrgicos.
Para os sindicalistas, apesar da grande vitória dos trabalhadores, há muito ainda a avançar em busca de melhores condições de trabalho, cumprimento da legislação e enfrentamento do assédio moral.
“Os aeroviários podem, por lei, trabalhar apenas seis horas por dia, com possibilidade de duas horas extras. Mas não são poucos os casos em que as empresas fazem os trabalhadores atuarem duas jornadas seguidas”, ressalta Celso Klafke, presidente da Fentac/CUT e do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre.
Klafke lembra que foi a desobediência das normas trabalhistas pelas empresas que motivou a falta de funcionários e atrasos em voos no final do ano passado. “As irregularidades vinham acontecendo e a Anac teve que fiscalizar devido ao grande número de denúncias. Deu no que deu”, conclui.
Fonte: Fentac
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