quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Dilma defende ação conjunta dos governos federal, estadual e municipal na prevenção para evitar tragédias


Dilma e Cabral percorrem áreas atingidas pela chuva (Foto: Roberto Stucker Filho/PR)

A presidenta Dilma Rousseff afirmou, no fim da tarde desta quinta-feira, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, que o trabalho de prevenção para evitar catástrofes como a que aconteceu ontem (12) na região serrana do estado, deve ser realizado em conjunto entre os governos federal, estadual e municipal.

Dilma negou que na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha ocorrido falhas no repasse de recursos para obras preventivas no Rio de Janeiro. “Houve no Brasil um absoluto desleixo em relação à população de baixa renda, que foi morar na beira de córrego, do rio e em encosta dos morros”, afirmou a presidenta, ao lado do governador Sérgio Cabral, após sobrevoar as regiões atingidas pelas chuvas no Rio.

“Essa é uma questão que jamais achamos e, no meu governo, continuarei não achando que o problema é do estado e do município. É um problema do governo federal de fazer uma política de saneamento e habitação. É um problema do governo estadual fazer a mesma política e somar esforços e não é um problema do município de ordenar devidamente a ocupação do solo urbano. O que está certo é que a gente diminua o efeito dessas chuvas. Essa é a nossa missão”, disse.

Mais cedo, Dilma e Cabral fizeram um sobrevoo de helicóptero sobre a área afetada. Acompanhados dos ministros Nelson Jobim (Defesa), Alexandre Padilha (Saúde) e José Eduardo Cardozo (Justiça), eles chegaram à cidade de Nova Friburgo às 13h30m e caminharam pelas ruas até a sede da prefeitura, onde houve uma reunião com os prefeitos da região para tratar do plano de reconstrução.

Ao lado do governador Sérgio Cabral, a presidenta anunciou um empréstimo de R$ 1 bilhão do Banco Mundial para o programa habitacional Morar Seguro.

O governador Sérgio Cabral prestou solidariedade ao povo da região serrana e afirmou que não medirá esforços para ajudar quem, neste momento, vive uma situação de dor, perda e enorme dificuldade. O governador lembrou que outras áreas foram atingidas, como Areal, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto, e pediu para que, aqueles que tiverem condições, deixem as suas casas nos próximos dias e procurem locais mais seguros na casa de amigos ou parentes.

“Estamos com toda a nossa estrutura atuando, mas ninguém tem onipresença. Existe ainda uma grande preocupação com as pessoas. Existe um desconforto mas, quem puder, deve deixar as suas casas e ir para a casa de parentes ou de amigos. Existem áreas ainda com risco de desabamento e de queda de barreira. Esse é um apelo que a gente faz, porque a previsão para os próximos dias não é nada tranquilizadora - enfatizou o governador.

Cabral já solicitou à presidenta Dilma o envio de 50 bombeiros militares especializados em resgate, 120 soldados da Força Nacional de Segurança, médicos peritos e legistas, e helicópteros para o apoio ao trabalho nas cidades. Todo o efetivo das Forças Armadas está à disposição para ajudar no resgate das vítimas e de possíveis sobreviventes.

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