Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, desautorizou nesta sexta-feira (14) qualquer especulação de números sobre o corte que será feito no Orçamento Geral da União (OGU) deste ano. “Quem falou não está autorizado. Eu é que tenho a palavra sobre isso”, disse.
Mantega reafirmou que qualquer definição a respeito “vai demorar de duas a três semanas”, e só depois disso é que a equipe econômica do governo levará a proposta para o Palácio do Planalto. Ele adiantou que serão feitas reduções máximas de gastos de custeio. “Não se deve comprar equipamentos novos. Temos que trabalhar com o que temos”.
Quanto às discussões sobre eventual aumento do salário mínimo, pelo Congresso Nacional, o ministro salientou que “também não há nada definido”. Desde o dia 1º, está em vigor o valor de R$ 540, que os parlamentares e sindicalistas tentam elevar para até R$ 580. Mas, de acordo com expectativas dos próprios políticos, a questão deve se arrastar até março.
Questionado a respeito do leilão do Banco Central, agendado para o início da tarde, com o objetivo de enxugar US$ 1 bilhão do mercado, o ministro salientou apenas que a instituição fará somente uma “atuação clássica” de compra futura, apostando na valorização da moeda norte-americana.
Trata-se de mais uma entre as muitas opções de política monetária para conter a queda do dólar ante o real, com prejuízo das exportações brasileiras. Outras medidas já foram adotadas, como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a entrada de dinheiro especulativo e a elevação do compulsório bancário nas instituições financeiras com grandes volumes de dólares em caixa. Apesar dessas medidas, a moeda norte-americana fechou na quinta-feira (13) com a terceira queda seguida.
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