A partir desta sexta-feira, o terminal do Aeroporto Santos Dumont, localizado no Centro do Rio de Janeiro, tem 60 dias para reduzir o fluxo de pousos e decolagens em dois períodos do dia. Na parte da manhã, das 6 às 8 horas e, à noite, das 20 às 22h30.
A secretária do Ambiente do Rio de Janeiro, Marilene Ramos, explica que a restrição é uma resposta às queixas de quem mora em bairros vizinhos ao terminal, sobre incômodos causados pelo excesso de barulho dos aviões no início da manhã e à noite. O resultado do monitoramento de ruído nos bairros mais afetados pela poluição sonora constatou que a passagem dos aviões sobre Santa Tereza, no Centro, e Flamengo, Laranjeiras, Urca e Botafogo, na Zona Sul da cidade, provoca um volume de ruído acima do tolerável pelas normas brasileiras. Ela explicou que os estudos sobre o número de voos e a incidência de ruído não são conclusivos.
Conforme estabelecido na Licença de Operação para o Aeroporto Santos Dumont, o movimento de aeronaves será reduzido de 23 para 14 pousos ou decolagens por hora. “Volume equivalente ao praticado antes da abertura do aeroporto para outras rotas além da ponte aérea Rio-São Paulo, quando o número de queixas de moradores era muito menor”, afirma Marilene Ramos.
A Secretaria do Ambiente já havia imposto ao aeroporto o fechamento noturno e a limitação do fluxo, para 23 movimentos por hora, durante o período de operação das 6 às 22h30, com tolerância de meia hora para atrasos. Após as 23 horas, todos os vôos são desviados para o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim.
Para a secretária, a proximidade da alta estação, quando há um aumento considerável de voos trazendo turistas para a cidade, o prazo de 60 dias é suficiente para que a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administra os aeroportos, a Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão ligado à Aeronáutica, cheguem a um acordo sobre como operacionalizar a redução do movimento.
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